Produção de café em Goiás deve aumentar em 30,6% até o final de 2024

Produção de café em Goiás deve aumentar em 30,6% até o final de 2024. Foto: Reprodução

A produção de café em Goiás deve atingir a marca de 263,5 mil sacas na safra 2024, um aumento significativo de 30,6% em relação ao ano anterior. A estimativa foi divulgada na última quinta-feira (23) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no 2º Levantamento da Safra de Café do ano.

Esse crescimento é impulsionado por dois fatores primordiais: o aumento de 10,3% na área de plantação e o fenômeno natural da bienalidade positiva, que oscila entre anos de alta e baixa produção. Adicionalmente, a entrada em produção de cafezais mais recentes deverá elevar a produtividade para 44,5 sacas por hectare, representando um aumento de 18,4% em relação ao registrado em 2023.

Apesar das perspectivas favoráveis, a safra atual enfrentou desafios climáticos significativos. As plantações foram favorecidas pelas chuvas ocorridas em março e abril, que impediram a queda prematura de frutos e facilitaram as práticas de manejo. Entretanto, o período anterior de seca e calor intenso, ocorrendo durante o florescimento e a frutificação, impactou negativamente o potencial de produção.

"Este resultado é fruto do esforço contínuo dos nossos produtores e do apoio constante do Governo de Goiás, que segue investindo em políticas públicas e iniciativas para fortalecer o setor cafeeiro no estado", afirma o secretário em substituição da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Asmar Júnior.

Cenário nacional

Em nível nacional, estima-se que a produção brasileira de café atinja 58,8 milhões de sacas beneficiadas, marcando o terceiro ano consecutivo de crescimento. Esse volume previsto é 6,8% maior em comparação ao ano anterior e representa um aumento de 15,5% em relação a 2022, ano marcado por bienalidade positiva, porém com produtividade prejudicada devido a condições climáticas desfavoráveis.

Para o café arábica, principal variedade cultivada no país, a expectativa é de uma safra de 42,1 milhões de sacas, impulsionada pelo aumento da área em produção e da produtividade. Minas Gerais, maior produtor de arábica, deverá colher 29,8 milhões de sacas.