Qdenga
Com 6,3 milhões de casos prováveis, o Brasil lidera o ranking de dengue, diz OMS
Argentina vem em segundo lugar, com 420 mil casos
03/06/2024 19:15 -
Com 6,3 milhões de casos prováveis, o Brasil lidera o ranking de dengue. Foto: Reprodução
Com quase 6,3 milhões de casos prováveis de dengue, dos quais mais de 3 milhões foram confirmados em laboratório, o Brasil lidera o ranking de notificações da doença em 2024. Na sequência, aparecem Argentina com 420 mil casos prováveis, Paraguai com 257 mil e Peru com quase 200 mil casos prováveis.
Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, até o momento, foram registrados 7,6 milhões de casos prováveis de dengue em todo o mundo este ano, com 3,4 milhões confirmados em laboratório. O painel de monitoramento da entidade também aponta mais de 3 mil mortes causadas pela doença. Atualmente, 90 países relatam transmissão ativa de dengue.
“Embora um aumento substancial de casos de dengue tenha sido relatado globalmente nos últimos cinco anos, esse aumento foi particularmente pronunciado na região das Américas, onde o número de casos ultrapassou 7 milhões no final de abril, ultrapassando os 4,6 milhões de casos registrados em todo o ano de 2023”, destacou a OMS.
A entidade alerta que todos os quatro sorotipos de dengue foram detectados nas Américas este ano. De acordo com a OMS, pelo menos seis países da região como Brasil, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México e Panamá, já relataram a circulação simultânea de todos os quatro sorotipos.
Vacinação
Para a organização, a vacina contra a dengue deve ser considerada parte de uma estratégia integrada de combate à doença, que também inclui o controle de vetores, a gestão adequada dos casos e o envolvimento da comunidade. “A OMS recomenda o uso da TAK-003, única vacina disponível, em crianças de 6 a 16 anos em locais com alta intensidade de transmissão de dengue”.
A vacina mencionada pela entidade é a Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda e atualmente utilizada no Brasil. O imunizante começou a ser administrado na rede pública de saúde em fevereiro deste ano, sendo aplicada exclusivamente em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.