SÃO MIGUEL DO PASSA QUATRO
Criança de 6 anos é brutalmente agredida e ameaçada de degola, em São Miguel do Passa Quatro
De acordo com a investigação, a criança apresentava lesões graves e compatíveis com tortura.
06/09/2025, 13:03 -
Em um dos episódios mais chocantes já registrados em São Miguel do Passa Quatro (GO), a Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (5), um homem de 31 anos e uma mulher de 48, padrasto e mãe de uma criança de apenas 6 anos, acusados de submete-la a um ciclo de violência extrema.
O caso, acompanhado pelo Conselho Tutelar, escancara uma barbárie intolerável: agressões físicas e ameaças de morte dentro da própria casa, espaço que deveria ser de proteção e cuidado.
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De acordo com a investigação, a criança apresentava lesões graves e compatíveis com tortura. Cortes na testa, joelhos feridos de tanto permanecer ajoelhada no cimento, dentes quebrados ou arrancados pelas agressões, além de hematomas causados por socos, tapas e objetos arremessados contra ela — como frascos de perfume.
Sem alimentação
Ao ser encontrada pela equipe policial, a criança sequer havia se alimentado até 11h30 daquela manhã e relatou que era frequentemente impedida de comer. O terror psicológico era reforçado com ameaças explícitas: caso contasse sobre o que vivia, teria a cabeça cortada e colocada em um saco.
Segundo o delegado Kennet Andersson Carvalho, responsável pela prisão em flagrante, o sofrimento da vítima era contínuo, tanto físico quanto psicológico. “Foi uma ação necessária para interromper a violência e proteger a vida da criança”, afirmou.
O casal foi autuado por maus-tratos com agravantes e poderá responder pelo crime de tortura. Ambos estão no sistema prisional à disposição da Justiça.
A criança agora recebe atendimento especializado da Rede de Proteção, incluindo acompanhamento médico, psicológico e social.
Este crime bárbaro não pode ser visto como apenas mais um caso policial. Ele é um alerta de que a violência contra crianças, principalmente dentro do próprio lar, é inaceitável e deve ser combatida com todo o rigor da lei. A sociedade precisa enxergar neste episódio um grito de socorro que não pode ser ignorado.
