Operação Hidden Circuit
Digital Influencers ensinavam seguidores a importar produtos de forma clandestina
A Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal deflagraram na manhã desta quinta-feira (28), nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Amazonas, a operação Hidden Circuit, com o objetivo de reprimir os crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas, incitação ao crime e lavagem de capitais.
28/11/2024 10:33 -
A Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal deflagraram na manhã desta quinta-feira (28), nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Amazonas, a operação Hidden Circuit, com o objetivo de reprimir os crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas, incitação ao crime e lavagem de capitais. Em Goiânia, a operação ocorreu em camelódromos.
A organização criminosa é composta por diversos integrantes, que possuem uma divisão de tarefas especializadas, visando a realização da importação ilícita, comercialização, distribuição e entrega de aparelhos eletrônicos.
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As empresas envolvidas e identificadas possuem uma movimentação financeira milionária, utilizando criptomoedas para realizar as transações ilegais e a lavagem de capitais oriundos dos crimes praticados. Os prejuízos aos cofres públicos podem chegar a 80 milhões de reais por ano, somente em tributos federais sonegados.
Foram identificados influenciadores digitais que atuam como "coachees" e se autointitulam "especialistas" na importação de eletrônicos. Eles ministram cursos e ensinam seus seguidores a realizarem a importação clandestina de produtos sem o recolhimento de impostos e os orientam sobre como proceder para se esconderem das autoridades estatais.
Esses influencers ostentam uma vida de luxo na internet, publicando postagens de viagens e de carros importados provenientes dos lucros das atividades ilícitas.
Participaram das ações aproximadamente 133 servidores da Receita Federal e 300 policiais federais, que cumpriram 76 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens.
O nome da operação, Hidden Circuit, faz referência ao fluxo ou circuito utilizado pela organização criminosa. (Fonte: oloares).