Doença
Goiás recebe reconhecimento nacional de estado livre de febre aftosa sem vacinação
Medida também restringe a movimentação de animais e de produtos para as demais áreas que ainda praticam a vacinação
26/03/2024 13:57 -

Goiás recebe reconhecimento nacional de livre de febre aftosa sem vacinação. Foto: Divulgação/Agrodefesa
A partir de 2 de maio, fica proibido o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa em locais reconhecidos como livres dessa doença. Além disso, a medida restringe a movimentação de animais e produtos dessas áreas para regiões que ainda adotam a vacinação no Brasil. Essas restrições permanecerão até que a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) conceda reconhecimento internacional de status sanitário livre de febre aftosa sem vacinação a todas as unidades do país.
Livre de febre aftosa sem vacinação
“Esse reconhecimento é fruto do trabalho árduo de décadas de parceria entre os órgãos oficiais de defesa agropecuária e os pecuaristas, que sempre estiveram na ponta, executando a vacinação do rebanho. Seguir as atuais normativas estabelecidas na portaria vai nos permitir alcançar o reconhecimento internacional e abrir ainda mais mercado para a carne goiana e seus derivados”, argumenta o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
Ele enfatiza que, desde o ano passado, Goiás não realiza mais a vacinação contra a febre aftosa. “Goiás sempre alcançou níveis excelentes de cobertura vacinal, e também foram realizados vários inquéritos epidemiológicos que constataram não haver a circulação do vírus da febre aftosa no rebanho goiano. Diante de tantos resultados que demonstravam a segurança para retirar a vacina, não havia motivo para manter essa medida sanitária. Então, em novembro de 2022, depois de um trabalho árduo da defesa sanitária, foi realizada a última etapa de vacinação no nosso Estado”, explica.
PNEFA
Foi estabelecido um Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) para que os 16 estados e o Distrito Federal alcançassem o reconhecimento nacional. Esse plano tem como objetivo fazer com que o Brasil se torne completamente livre da vacinação até 2026. Para isso, os estados e o DF devem cumprir critérios estabelecidos pelas diretrizes do Código Terrestre da organização internacional.
Para a OMSA reconhecer internacionalmente uma região como livre da vacinação é preciso que haja, além da suspensão da vacinação, a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados e regiões imunes por, pelo menos, doze meses. É esse o prazo que o governo federal espera contar a partir de 2 de maio, com o início de validação da portaria emitida nesta segunda-feira, dia 25 de março”, analisa o gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Rafael Costa Vieira.